quarta-feira, 21 de setembro de 2011

1000 Fontes


Lá para os lados de Milfontes, existem lugares extraordinários. Por isso, tenho fotografado muito a região, desde que a descobri e lá vou, com frequência, nos últimos 6-7 anos.
Com naturalidade recolhi e seleccionei algumas fotografias (muitas outras ficaram de fora) que compiladas e ordenadas…fazem um livro. Nasceu, assim, o “ Litoral alentejano para os lados de Vila Nova de Milfontes”, que neste momento é só um protótipo que espera publicação…se houver interessados. Aqui está a capa…e um cheirinho (a estêvas) do interior.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Desvia-te!


Andava escondida a senhora. Voltou, com todo o esplendor do seu comportamento maduro e normal.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Naufrágio

Aproximamo-nos, de cara alegre e a passos largos, do abismo. Lá fora, os bancos já não nos recebem de portas abertas, os mercados internacionais já não nos dão cavaco e os santos nem a descer, a pique, nos ajudam. Portugal já não é amado no estrangeiro? Por ser uma república deixou de ser nobre? A estrela deixou de ser linda e deixou de dar sorte? Mas, faça-se justiça, à costa, com névoa, só chegam detritos de vários naufrágios. Espalham-se, pelo areal, caixotes com pintos, loureiros e cartuchos de pólvora seca. Por entre rios, o país carrega uma cruz. Em casa, pia ou não, ouvimos num qualquer jornal de sexta que, no sul, uma moura foi “despachada” com uma vara e que, no norte, uma charrua foi para a sucata, para alegria dos sucateiros do regime, por uma razão oculta. E há quem chame a tudo isto, um figo. O jardim à beira mar plantado é agora um terreno salgado e barroso com rosas murchas e cheias de espinhos. Alguns fizeram carreira a alertar e, por isso, não vale a pena chorar sobre o leite derramado. Definitivamente já não conseguimos tirar nenhum coelho da cartola, a não ser que…vá de mota. E todo este enredo é presenciado por uma oliveira centenária, que se fosse pessoa podia fazer um filme, talvez a preto e branco, porque tudo isto não merece ter cor.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

...e chegou o sol



Faz hoje meio século que os Beatles nasceram, oficialmente, com a incorporação de um novo baterista - Pete Best (o Ringo viria mais tarde)- e a escolha do nome, THE BEATLES. 4 dias depois, começavam em Hamburgo uma extraordinária viagem musical que nos aquece ainda agora. Claro que, já tinham “imagem” (cabelos, fatiota), mas ao contrário dos dia de hoje, em que o artista não diz “bom dia” sem o director de imagem ser consultado, em que uns óculos escuros são a “chave” do sucesso, em que umas cuecas de rendas são a “galinha dos ovos de ouro”, ou em que a “colagem”, permanente, a causas humanitárias (mediáticas claro, porque as outras não dão visibilidade) permite estar sempre na crista da onda, os Beatles viviam de uma mistura de enorme criatividade, humor, boa disposição e ingenuidade. Sem qualquer problema em tomarem decisões drásticas - acabar de vez com os concertos ao vivo - ou em procurarem influências arriscadas - cultura e sons indianos.
Aqui fica uma amostra desse talento; HERE COMES THE SUN, do álbum Abbey Road-1969.
Thanks.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Como foi...como é. 3


Largo do Rato, visto da Rua da Escola Politécnica

De um largo pacato e tranquilo de Lisboa, em que circulavam, pesadamente, carroças puxadas a burros e se punha a conversa em dia, passou-se a um dos nós mais frenéticos e complicados da capital. 71 anos separam-nas.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

O destino


Faz hoje 65 anos, que o Japão propunha o fim da guerra, um dia depois de sofrer a segunda “dose” nuclear. Quis o destino que fosse em Nagasaki que a Fat Man fizesse, num só instante, milhares de mortos e feridos. A única coisa positiva é que o eco das radiações, que nos chegou até hoje, foi tão forte, que nunca mais se repetiu.
E quis também o destino que 33 anos depois nascesse Audrey Tautou, a fabulosa Amélie de Jean Pierre Jeunet, um espantoso filme de 2001. Pela história, pelas personagens, pela representação, pela estética, pela musica, pelos detalhes e por Paris, claro. Arte pura.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Como foi...como é. 2


Mais um contraste de muitos anos. É a Calçada Nova do Colégio, junto à Calçada de Santana e a escassos metros da casa onde nasceu Amália.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Como foi...como é


Esquina da Rua Luísa Tody com a Rua D. Pedro V, mesmo perto do Miradouro de São Pedro de Alcântara. Uma distância de 111 anos.

Fascina-me procurar e descobrir o local exacto onde foi tirada uma fotografia à 130, 100 ou mesmo 50 anos, principalmente se for no espaço urbano. Sinto uma estranha e confortável sensação fotografar onde alguém já fotografou à muitos anos atrás, sem conhecer as condições e o motivo. Foi lúdico ou profissional, necessidade ou simples experimentação? E quem foi? Um homem, uma mulher, uma criança? Que idade tinha? Gosto desta procura e vou colocar aqui no blog, com regularidade, o resultado dessa pesquisa. O que mais incomoda nesta mudança de “paisagem” é a presença constante e obrigatória do automóvel. Raríssima é a fotografia em que não aparece um carro...a poluir. Paciência.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Os bons e os maus...


...como nos filmes de cowboys

Mário Soares disse, mais ou menos isto (não tenho aqui a gravação, mas penso que está disponível nos arquivos das TV´s), por altura da reeleição do presidente Bush, no segundo mandato em 2004, com 50,7 % dos votos: “O presidente Bush tem que perceber que ganhou as eleições mas, metade do mundo e da América está contra ele: a boa América, a América dos artistas dos intelectuais, etc…”. Ou seja, Mário Soares divide os votos em bons e maus. Divide as profissões em boas e más.
Ficámos a saber, nesse dia que, pelo menos nos Estados Unidos, os agricultores, operários, comerciantes, desportistas, mineiros, pescadores, polícias, bombeiros, etc, etc, são piores que os músicos, actores, artistas plásticos, escritores, filósofos, cientistas e os mais variados doutores. “Bolas, só deviam contar os votos bons!”. É este o homem das “Amplas Liberdades”, o grande “Combatente pela Democracia”. Quando esta, claro está, lhe é favorável. Assim que a coisa corre mal… a tolerância evapora-se no deserto do Texas.
E é espantoso, que nem um único jornalista, dos muitos que registaram esta “brilhante leitura” feita por um homem de “referência”, tenha tido o discernimento de lhe perguntar “…mas que raio de democracia é essa?” Imaginem, por alguns segundos, esta análise feita por alguém de direita e numa situação eleitoral inversa. Estão a imaginar? É, não é?
E porquê tudo isto agora? Já foi em 2004. É que Mário Soares ainda é o mesmo e anda por aí, quase todos os dias, nas TV´s, nos jornais e nas rádios, como se agregasse toda a “sabedoria do mundo”. E isso cansa e incomoda. A mim, pelo menos.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Debate da Nação


Há quem pense que está a chegar ao topo do mundo, quando só está a chegar ao topo de um pão, alentejano neste caso.

84 anos


As nuances do Lápis Azul, de 1926 a 2010.

2 boas novas...com distâncias


Finalmente, a torneira da BP, no Golfo do México, fechou-se e os sabores do Santini, no Chiado, abriram-se. Obrigado Attilio (1907-1995), assim, estamos um bocadinho mais perto do céu.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

2 homenagens



Faz agora 500 anos que nasceu Fernão Mendes Pinto (1510-1583), autor e personagem da Peregrinação. Faz agora 28 anos que foi editado o álbum Por Este Rio Acima, de Fausto (1948), baseado na Peregrinação. São 2 obras notáveis da cultura portuguesa. E surpreendentemente, muito pouco conhecidas...porque pouco divulgadas. Uma, devia ser leitura obrigatória na escola, a outra devia ter audição frequente e disponível nos media. Aproximava o oriente ao ocidente e a grande musica às pessoas. Que se aproveite o ano de 2010 para reparar falhas antigas. Parabéns aos 2. Delicie-se...subindo o rio.